Como é feito o Mapeamento da Endometriose?

Esse exame é necessário para o manejo clínico e controle evolutivo das pacientes portadoras de endometriose, sendo indispensável para o planejamento cirúrgico.

Ele pode ser feito pela ultrassonografia (USG) ou pela ressonância magnética (RM), os quais precisam ser realizados por médicos especialistas, com experiência na pesquisa dessa doença.

Antes de abordar como essa avaliação costuma ser realizada, listo algumas vantagens do mapeamento pela (USG), que é o método mais indicado para a pesquisa da endometriose:

1. Fácil acesso e disponibilidade.
2. Não utilizar meios de contraste.
3. A paciente pode indicar para o médico(a) que está realizando o exame, pontos onde ela sente mais dor ou desconforto.
4. O médico que executa o exame, avalia de forma dinâmica o grau de bloqueio por aderências que a doença possa ter causado.
5. É o melhor método para avaliação das lesões intestinais e de bexiga, inclusive quando a doença está bem em fases iniciais.

Quando o mapeamento da endometriose abdominal for pélvica é realizado pela ultrassonografia, não deverá se resumir ao exame transvaginal. A pesquisa completa requer os seguintes exames, os quais precisam vir especificados no pedido médico:

1. USG do abdome total e/ou aparelho urinário (conforme indicação clínica) para avaliarmos se há focos nas cúpulas diafragmáticas e dilatação do sistema coletor urinário. (Lembrando que a avaliação do abdome total aumentará o valor do exame em relação ao aparelho urinário. Essa indicação clínica, será de acordo com os seus sinais e sintomas.)
2. USG das Fossas Ilíacas para avaliamos o intestino que não conseguimos ver pelo transvaginal.
3. USG da Parede Abdominal para pesquisarmos endometriose em regiões de cicatrizes, inclusive, na região umbilical.
4. USG pélvica ginecológica (supra-púbica) especialmente em lesões volumosas (uterinas ou ovarianas)
5. USG transvaginal com Doppler colorido para o detalhamento das lesões pélvicas.

Para melhor avaliação e visualização das lesões de endometriose nas alças intestinais, é imprescindível que a paciente realize o preparo intestinal. Cada serviço tem as suas preferências, mas em resumo, consiste no uso de laxantes via oral, na véspera, e em lavagem intestinal, no dia do exame.  Importante ressaltar, que a avaliação do intestino é comumente feita pelas vias trans abdominal e transvaginal.

O mapeamento completo costuma levar em média 40 min, porém sempre dependendo da experiência técnica do médico(a) e do número de lesões que você possa ter e que precisam ser detalhadas no seu relatório.

Quando a paciente é virgem, ela pode iniciar a avaliação pela USG pélvica ginecológica, via transabdominal e se for realmente necessário, prosseguir com a RM.

A RM oferece vantagens quando a mulher possui úteros volumosos (por miomas, por exemplo) e para a avaliação de lesões ureterais (que são estruturas bem finas e que levam a urina dos rins à bexiga). A RM fornece imagens em múltiplos planos que seu ginecologista pode acessar e visualizar a sua pelve, antes de um procedimento.

Lembrando, os dois métodos de diagnóstico utilizados (USG ou RM) precisam ser realizados por médicos especialistas, com experiência nessa pesquisa.

Sempre busque médicos que acolham a sua queixa. Se dói é seu corpo lhe avisando que algo precisa ser diagnosticado e tratado. Na dúvida, busque uma segunda opinião.

Ficou alguma dúvida? Veja o vídeo completo explicando cada detalhe: